quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Eu também conheci Dona Dja...

Dona Djanira Antonio Alves

Fui dar uma olhadinha no blog da Elisabeth Lorena e, ao ler a postagem de ontém, lembrei-me de Dona Dja, é uma pessoa forte e cheia de energia e fiquei chocado ao saber o que aconteceu com ela. Nunca imaginei que as coisa chegassem a este ponto. Infelizmente não podemos fazer mais nada por ela hoje, mais é incrível como as coisas podem acontecer. Uma pessoa tão importante para nossa comunidade e, ao ficar doente ser esquecida assim.
Quando a conheci, ela era presidente da AMBG e eu era locutor da rádio comunitária Majestade FM. Na época eu era secretário da Associação do Jardim Nova Guaianases e Adjacências e por este motivo podia ter programa na rádio. Foi engraçado pois no dia em que a conheci ela foi à rádio com a secretária da AMBG, solicitar a parceria com o diretor, o Lenno.
De punho erguido, revoltad com a situação da população de Guaianases, do Dja,mulher de meia idade, de cabelos brancos precoces e curtos, era a figura da revolta. No entanto sua humanidade era visível em seus olhos meigos e sua voz capaz de mudar de tom em segundos.
Confesso que foi com muito prazer que iniciei a campanha de arrecadação de roupas e alimentos para sua entidade. Foi uma campanha vitoriosa. Em apenas 15 dias acumulamos tanto roupa e sapato, que a recepção da r´padio, cozinha e sala de reunião não tinha espaço para ninguém. Os estúdios auxiliares ficaram lotados e quando o assessor da Sub Prefeitura - na época Administração Regional - veio dar uma entrevista, teve que se expremer dentro do estúdio principal, que era o único que ainda cabia alguma coisa. Ao todo foram 300 Kilos de alimentos arrecadados nestes primeiro 15 dias e nada podiamos fazer para guardar tudo isto. Era só falar o nome dela, que o povo ligava para a rádio.
Bons tempos aqueles. Quando foi selecionar os alimentos e roupas, Dona Dja dava graças a Deus.
Fiquei tão envolvido, que resolvi ir entregar na entidade, quando chegamos lá, já tinha uma multidão esperando. A secretaria conferia os cadasstrados e vi esta senhora, dona Dja chorar. O material recolhido não daria para atender muitos dos que não se cadastraram a tempo. E, por incrível que possa ser, ela conseguiu convencer as pessoas dividrem de novo as cestas formadas. Nunca imaginei que desse certo, mas deu. Uma pessoa fotografava e eu também ajudei separar parte do material e refazer as cestas. Foi maravilhoso!
Cada palavra dita no post de Elisabeth são verdadeiras e não esquecerei jamais as emoções vividas ali.

Anônimos, porém nem tanto

Dona Djanira Antonio AlvesImagino sempre o que é de fato o anonimato. Milhares de pessoas vivem sonhando com seus míseros 15 minutos de fama, fazendo de tudo para tornarem – se celebridades instantâneas.Jornais, revistas e toda a mídia publicam dia a dia a vida de pessoas e, em muitas das vezes, estas nada acrescentam à nossa História. Deveriam continuar anônimas.Do outro lado existem anônimos que deveriam ser célebres, pois, esquecidos e desconhecidos da mídia em geral, acrescem à nossa História, pelo pleno exercício da Cidadania.Pessoas que como a Dona Dja – Djanira Antonio Alves, fundadora da Associação de Moradores de Bairro Guaianases - brasileira comum, costureira por profissão, batalhadora incomum, que ficou esquecida por nosso Bairro.Hoje paraplégica,devido um AVC, vivendo com a família na Bahia.Ano após ano, esta mulher de fibra, cristã honrada, fez história.
O serviço social nasceu nela devido a necessidade de atender aqueles que não tinham sua força e determinação.Por anos enfrentou com valentia, horas a fio, caminhada pelo CEASA – SP, pedindo doação. Ao fim do dia, caminhão nem cheio, nem vazio, ia de Box em Box, comprando verduras, frutas e legumes e, depois de cheio o carro, partia de volta a Guaianases.Horas mais tarde, noite a dentro, selecionando ativa, o que dava para aproveitar. Os melhores doava. De vila em vila, de favela em favela, apertada na Azulão – uma piruá trintona que completava tarefa ao amanhecer. Cidade Tiradentes, Nova Guaianases, Vila da Miséria, Malvinas, Roseira, Fanganielo, todos atendidos com suas doações.Depois de selecionados, ao que aparentemente não eram aproveitados para consumo “in natura” ela transformava em purê, compota, tempero e sopão. Uma nova luta, atrás de Mercados e Padarias para conseguir pão para distribuir com a sopa nas madrugadas e nas favelas. E a sopa era distribuída com bolacha e pão e o povo agradecia.Provavelmente o prato de sopa da tarde ou madrugada seja hoje uma de suas lembranças, lá na Bahia, onde ela mora hoje. Guaianases não lhe disse um único “Muito Obrigada”.
Quando partiu deste bairro que amava, indo de volta para a sua terra natal, não foi levada pelos carros de Bombeiros, como heroína que é. Foi numa ambulância, de forma anônima.Até o ano de 2000 tivemos seu trabalho ativo, quando um dia, um surto de hipertensão e uma medicação errada – leite com sal – levaram – na para a cadeira de rodas, sem forças até para articular palavras.Confesso que sempre esperei que um dia ela se recuperasse e espero ainda.Peço a Deus que permita-me vê-la. Então lhe direi que Guaianases lhe deve ainda.“Muito obrigada Dona Dja, que Deus te recompense, por que nós, além de pobres que ainda somos, continuamos ingratos.”
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Elisabeth Lorena Alves

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Enquanto esperam a rádio entrar no ar...

Enquanto esperam a rádio entra no ar, queiram por favor e por prazer curtir algumas canções de amor. Afinal o amor é tudo e feliz quem ama e sabe se fazer amar. Uma vez disseram - me que sou um homem diferente, pois falo de amor de forma aberta e declarada. O amor, no entanto, é para ser vivido assim. De forma espontânea e clara. De corpo e alma. Tudo depende do quanto se é correspondido. E acredito que podemos declara e viver o amor de forma absoluta. Nunca se deve ter medo de amar e de sofrer por amor. Precisamos aprender sim, a deixar para trás quem nos faz sofrer e não o sentimento, que gera vida e nos torna humano. A vida é muito mais leve quando amamos, tanto mulheres como amigos. O amor vale a pena sempre. Brasileiro 2012

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Somos todos iguais?



Dizem que homem é tudo igual, mas desafio você a encontrar um que goste mais de Rádio que eu.
Este aí não sou, é claro. É só palhaçada da Lorena, que como sempre não perde a píada.